segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Quando nasci, me apaixonei pela vida.

Por natureza, já é difícil recomeçar.
É dificílimo ser forte quando se foi sugado ao extremo da fraqueza.
E quando, estando na fraqueza, uma massa de ar polar e banho frio te atrapam, danou-se.
Danei-me. Feio.
Mas como bom samaritano, não me cabe menos do que o topo.
Digo marchar até ele.

E lá vou eu, mais uma vez tendo errado em alguns pontos e tendo sido complacente em tantos outros.
Reconhecendo que, de mil culpas, são minhas quinhentas delas.
E carregando elas todas com um gosto amargazedo de limão velho.
Paciência.
Pra variar, eu quis errar.
Quem não quer errar, nem tenta o acerto.
Quem não quer se expor, nem sai de casa, não abre o coração, não finca o pé no chão.
E se eu quisesse tentar um pouco disso, eu seria uma farsa.
Não existo sem existir, sem gritar de amor, sem chorar de alegria.
Essa é a minha existência, esse é o meu existir.

E que bom que gostara. Foi importante.
Foi belo, enquanto foi belo. E, premeditadamente, foi feio quando a estrada acabou, porque assim acabamos rumo à altitude. Física pura. Tudo que sobe...
É impressionante isso que a natureza mineral nos prepara, e que, humanos, insistimos em desafiar.
A estrada para a beleza das alturas é construída sob diversas intempéries, e os riscos começam na margem mais próxima.
Sobem os corajosos, desafiam o perigo em nome da adrenalina, do relaxamento, da vista estonteante, do vício, por ebriedade química e por amor.
Até que, em dado momento, uma curva acentuada ou uma ponte enfraquecida se interpõe.
E aí danou-se. Danei-me. Feio.
Mas como bom samaritano, não me cabe menos do que marchar.
É tão bela a vista lá de cima.


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ps: é tão bom começar de novo. é tão bom estar de volta. espero que vocês, leitores, voltem comigo.

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