segunda-feira, 3 de maio de 2010

maldita espera

tu nao sabes o que me ocorreu.
nao tens ideia do que descobri com um amigo meu.
passar tanto tempo aqui,
tanto tempo longe de ti,
e sabendo quando voltarei
pra minha cidade, meu canto, meu lar.

em poucas horas de conversa
com este irmao meu, um comparsa,
falamos sobre futebol, familia,
politica, mulheres e... azia.
nao sei de que jeito voltarei
pra minha cidade, meu canto, meu lar.

sugeri a ele 'che, um trago?'
pra esvair aquele choro, meu embargo.
porque homem que é homem nao chora,
mas no alcool nao sente a demora
de saber quando retorna
pra sua cidade, seu canto, seu lar.

depois de pedir-lhe desculpas:
'amigo, isso fica às escuras!'
'descansa, irmao de viagem.
esquece tamanha bobagem.'
me disse, rompendo a vergonha.

me disse 'te ajeita, te apruma,
relaxa que em julho tu ruma'
e eu aqui penso 'é verdade'
pensando na minha beldade.
e sei que vou retornar
pra nossa cidade, nosso canto, nosso lar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário